É comum ouvirmos de pessoas vinculadas à educação que uma das tarefas da escola é ensinar os alunos a pensarem. Ora, sabemos que pensar é um atributo natural do ser humano, tal faculdade mental não é passível de ser uma escolha. Entretanto, o pensamento pode ser qualificado, é possível dar a ele condições de aprimoramento viabilizando posteriormente condições para resolvermos problemas no dia a dia.
Qualificar o pensamento é um dos papéis que a escola do século XXI tende a se preocupar, pois é fundamental gerirmos uma sociedade de pessoas que reflitam e atuem de modo significativo e produtivo, cultivando valores, aprimorando nossas relações humanas e construindo um mundo melhor. É fato que a educação escolar é um dos cernes para que estas ações possam vir a tornar-se cada vez mais presente em nossa sociedade: “É preciso pensar bem, para agir melhor”.
Para darmos qualidade ao pensamento é necessária uma educação de qualidade, que promova situações de ensino-aprendizagem que ofereçam condições de desequilíbrio intelectual aos alunos para que junto com os professores possa-se aprimorar as ferramentas de pensamento, proporcionando um pensar de caráter superior, um pensar bem. Elaborar estratégias pedagógicas para tal feito é uma das missões das escolas novistas deste século, cabe a elas trabalhar junto a todo universo escolar tendo em vista qualificar a vida de nossos alunos.
Criar condições de desenvolvimento do pensar na escola não é uma tarefa fácil. Primeiramente é necessário que este trabalho atinja o aluno desde a infância, pois é lá onde a educação científica começa. As crianças têm tendências biológicas de plasticidade em relação à construção do pensamento, o que favorece o trabalho do pedagogo na hora de criar mecanismos de aprendizagem que ajudem neste processo. As técnicas pedagógicas para esse tipo de ação são diversas, que vão desde o incentivo da leitura individual e coletiva, até o simples (porém profundo) gesto de propor discussões e pequenas reflexões em sala de aula. A infância é o princípio do processo de aprimoramento do pensar. Da mesma forma em que há uma proposta de alfabetização na infância, é necessário que também haja estratégias e o encorajamento para as crianças elaborem reflexões que sejam plausíveis e que cultivem a integridade pessoal e moral.
Cabe a todos nós educadores continuar a oferecer uma educação eficaz para o pensar de nossas crianças, num modelo de escola que se preocupa com o desenvolvimento da inteligência de seus alunos, com a formação cívica e consequentemente na construção contínua de sua humanidade. Esse projeto é uma iniciativa valida, que tende a formar novos homens para um novo mundo. É uma proposta profundamente excitante e valorosa… Pergunte as crianças!