A ansiedade tem sido uma das doenças que mais atinge a população mundial, e tem aumentado ainda mais em decorrência da realidade que temos vivido, visto que a pandemia, o isolamento social e o medo têm sido responsáveis pelo desencadeamento de muitos sentimentos e preocupações. Porém, não podemos esquecer que até certo ponto a ansiedade é uma emoção normal e adaptativa, já que nos ajuda a lidar com situações desafiantes e perigosas. Mas, quando a ansiedade se torna um problema e passa a interferir no nosso cotidiano é sinal de que requer um pouco mais de atenção, principalmente no que se refere ao desenvolvimento de nossas crianças.
Atualmente a ansiedade infantil tem ficado atrás apenas do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) como um dos prejuízos que mais atrapalham o desenvolvimento infantil, ou seja, tem sido uma crescente o número de crianças que vem desenvolvendo essa realidade.
Diante disso, precisamos estar atentos não só a nós mesmos, mas também às essas crianças, que acabam absorvendo muito do que nós falamos e de como agimos mediante diversas situações. Sem contar a quantidade excessiva de informações a que elas são expostas diariamente, através dos diversos meios de comunicação e que nem sempre fazem sentido dentro de sua realidade.
Mas, diferente de muitos adultos, as crianças nem sempre sabem nomear o que estão sentindo ou conseguem administrar tudo que está acontecendo ao seu redor e passam a nos dar indícios de que alguma coisa está incomodando, por isso devemos estar atentos a algumas mudanças de comportamento como: alteração no apetite, dificuldade no sono, queda no rendimento escolar, desmotivação, medos e preocupações excessivas, dores de cabeça, tontura, retraimento social, mudança de humor.
É importante ressaltar que medos, preocupações e angústia podem ser considerados normais durante as fases do desenvolvimento psíquico infantil, porém, são considerados patológicos quando exagerados, desproporcionais aos estímulos e com duração prolongada, por isso é essencial observar e dialogar com as crianças, para que se sintam à vontade para expor tudo aquilo que tem estimulado negativamente o desenvolvimento dessa ansiedade. Além de buscar ajuda especializada caso os sinais se tornem mais intensos e a angústia passe a ser o sentimento mais evidente no dia a dia dessa criança.
Algumas dicas importantes que podem ajudar a controlar essa ansiedade são:
- Não tente evitar os medos da criança
- Dê valor para o que a criança está sentindo
- Tente diminuir o período de ansiedade
- Explore a situação que causa a ansiedade
- Pratique atividades relaxantes com a criança