Atualmente temos vivido uma realidade em que a grande maioria de nossas crianças e jovens vêm demonstrando cada vez menos interesse no que se referente ao seu desempenho escolar. Isso porque nos deparamos com uma realidade totalmente tecnológica, onde acaba sendo “desnecessário” ler, escrever e até mesmo pensar, já que adquirimos informações através de áudios e palavras-chave.
No entanto, não podemos deixar de considerar os prejuízos que essa facilidade pode nos trazer tanto no que se diz respeito ao desenvolvimento cognitivo quanto ao desenvolvimento psicomotor.
Antigamente as crianças brincavam na rua, andavam de bicicleta, jogavam bola ou pulavam corda a maior parte do seu tempo, e isso gerava nelas uma descarga de energia que contribuía para que em determinado momento elas conseguissem se acalmar fisicamente e mentalmente para a realização de atividades que exigiam um pouco mais de concentração. Algo que temos tido muita dificuldade, já que estamos em uma era onde o “estranho” é o brincar, onde as crianças têm apresentado uma crescente no que se refere às dificuldades de aprendizagem e o movimentar-se tem ficado em segundo plano.
ASSISTA o vídeo: A importância de estimular a autonomia nas crianças.
De acordo com Martins (2018) diversas pesquisas afirmam que o exercício físico regular em idade escolar ajuda na concentração e fixação de conteúdos, desenvolve melhor o raciocínio lógico e a memória, além de proporcionar reflexos mais apurados e maior foco na realização de atividades escolares ou acadêmicas. E entre 4 e 8 anos de idade a criança é naturalmente ativa e precisa se movimentar para desenvolver suas capacidades cinestésicas, ou seja, utilizar o corpo com precisão no que se refere a força, coordenação, equilíbrio e expressão corporal, e proprioceptivas que é a capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sendo então fundamentais para o desempenho escolar.
A prática motora promove o desenvolvimento da força e a capacidade de ajustá-la, como, por exemplo, para segurar um lápis ou empurrar uma mesa. Inclui ainda os conceitos de pluralidade e singularidade tão necessários para compreensão de conceitos matemáticos e a capacidade de se ajustar no mundo. Além de que, quando a pessoa se exercita, a produção de sinapses neurais aumenta. Ou seja, a prática de exercícios físicos tem o poder de desenvolver células cerebrais, criando novas conexões interneurais, que mantém a mente jovem e ativa. Por isso, é essencial estimular a prática de exercícios físicos dentro e fora do horário escolar.
Veja também: A importância do brincar.