A resposta é simples. Sim, amizades acabam. E por que acabam? Pensemos bem.
O que encontramos na Palavra de Deus?
Lá é dito que “quem encontrou um amigo encontrou um tesouro” (Eclo 6,14-17). O Novo Testamento, ao referir-se a palavra tesouro, faz referência ao Reino dos céus (cf. Mt 13,44).
Um amigo deve sempre nos apontar o céu, as realidades eternas e se tal não acontece, algo está errado.
Há quem diga que se a amizade acabou é porque nunca existiu, mas o fato é que pode ter existido sim. Pode ter existido e teve que acabar, essa é a realidade.
Alguém poderia objetar que permanecer na amizade pode ser um auxílio para o outro que necessita. Isso é verdade. Mas, se este amigo é diretamente causa do seu afastamento de Deus, o mais viável é afastar-se do amigo e aproximar-se de Deus.
É melhor estar próximo de Deus para promover a mudança de vida daquele que está precisando, do que permanecer numa amizade que não gera frutos de santidade. Estar próximo de quem te afasta de Deus equivale a pôr em risco a sua salvação e a dele mesmo. Estando próximo de Deus você pode ajudá-lo com sua oração, sendo outra forma de presença.
Ora, se o amigo que eu presumi encontrar é para mim causa de pecado, não é viável tal amizade. Na verdade ela precisa acabar e que Deus mesmo se encarregue de fazer com que isso aconteça. No início será difícil, como todo processo de decisão. Mas seja perseverante.
Com São Domingos Sávio podemos rezar e refletir com a seguinte frase: “Antes morrer do que pecar”. Ou parafraseá-la do seguinte modo: Antes perder um amigo que pecar.
Pe. Edison de Oliveira é responsável do Polo Educacional Canção Nova.