Meu nome é Rauane Ferreira, tenho 22 anos, sou aluna de Jornalismo da Faculdade Canção Nova, Catequista da turma de Perseverança no Instituto Canção Nova e neste ano tive a oportunidade, de uma vez mais, ser voluntária em uma Jornada Mundial da Juventude. Neste ano Deus me deu a graça de viver plenamente a sua misericórdia através deste encontro que reune jovens do mundo inteiro.
Há três anos atrás o Papa Francisco, anunciava na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, que a próxima JMJ seria em Cracóvia, na Polônia. Naquela época, estava com um grupo de amigas, que conquistei por lá, a nossa promessa era de que faríamos parte desta história mais uma vez, e que Polônia nos aguardasse, pois já estávamos a caminho.
Os anos se passaram, e muitas coisas foram acontecendo, algumas das minhas amigas se casaram, outras redescobriram suas vocações, tudo mudou, se transformou, a única coisa que não mudou, foi a minha vontade de ser, novamente, voluntária na Jornada Mundial da Juventude.
É claro que neste período de três anos, muitas coisas também aconteceram em minha vida, mudei de cidade, de faculdade, de emprego e automaticamente mudei algumas das minhas perspectivas, mas a vontade de servir em uma JMJ ainda permanecia diante das mudanças.
Mesmo com as mudanças, conseguia acompanhar as novidades da próxima Jornada. Lembro-me, daquela última semana de Julho de 2015, quando as inscrições para voluntários começaram, era um misto de medo e incertezas, mas uma certeza eu tinha, “até aqui o Senhor nos ajudou”, era o momento de recordar aquilo que havia prometido; “Polônia, aí vou eu!”.
Inscrevi-me, enviei os documentos, passei pela entrevista e aguardei ansiosamente a resposta do Comitê Organizador. Os dias se passaram, e quase deixei de acreditar que era possível. Minhas orações era sempre na certeza de que seria feita a vontade de Deus, e foi assim que deu certo. Ele confiou em mim e eu n’Ele. Fui aprovada, fazia parte do grupo de voluntários brasileiros para JMJ Krakow 2016.
Na corrida contra o tempo, marquei a viagem para o dia 14 de julho. Foram muitos os desafios até que este dia chegasse, mas não desisti; permaneci fiel e confiei nas minhas orações. O grande dia chegou, e embarquei nessa maravilhosamente e fantástica aventura.
Primeira viagem internacional com um desafio de servir. O Senhor não me desamparou, e eu lancei- me, inteiramente em seus braços, me tornei dependente D’Ele. Nas terras de São João Paulo II, no Santuário da Misericórdia, Totus Tuus 22, minha casa na Polônia e minha mais nova família, tive a graça de conhecer, irmãos europeus, paraguaios, argentinos, venezuelanos, e de todos os cantos do Brasil.
Passei os dias enfrentando as filas de banhos, os lanches apimentados, os transportes lotados, e os nomes diversos das estações, tudo com aqueles que Deus me confiou. Os treinamentos e os serviços me fizeram perceber, que o meu nada era tudo, que eu poderia ofertar a Deus e aos irmãos. Seria necessário, ofertar a educação, o respeito, a paciência, o perdão, sem esquecer que era necessário manter o bom humor. Deus foi abrindo as portas, por cada que passei (praças, museus, mercados, pontos turísticos, cidades vizinhas) e em tudo sentia, que Ele estava comigo.
Os 17 dias de Cracóvia e JMJ se passaram, chegou o dia, que precisava, despedir- me e dizer “até logo” para todos aqueles, que me acolheram. Fiz isso com chave de ouro, na presença do Papa Francisco, em um encontro com os voluntários. No final de tudo, ainda pude afirmar mais uma vez, “Panamá, aí vou eu!”
Levarei comigo a fé e a certeza, que Deus caminha comigo. Levarei também a gratidão por cada momento de JMJ, e cada passoa que confiou e esteve comigo.
Agradeço aos meus pais, ao Pe. Clayton, Dom João Inácio, Patrícia, Ezequiel, Carla, Suselaine, Eugênia, Talita, Rafael, André, Ana, Éryka, Ivan, Mônica, Pedro e Iago. Vocês e tantos outros que fizeram parte da minha JMJ. Nada disso seria possível sem vocês.
Deixo aqui, o meu muito obrigada!
E nos encontraremos em 2019 no Panamá!