Ao encontrar quem fazia o Bem, encontrei com minha vocação

 

 

Sou natural de Aracaju/Sergipe, nasci e cresci em uma família temente a Deus. Meu pai de formação evangélica, e minha mãe de formação católica, um casamento misto, quanto ao credo.

Venho de uma família simples, filha de um professor e uma dona de casa. Uma família que tinha como primordial o amor e dedicação ao outro, acreditando que fazer o bem era sempre a melhor escolha.

Sou gêmea. Shirleyd é minha irmã e tenho mais dois irmãos, Sidney e Sandro. Fomos e somos, até hoje, muito unidos, e estamos sempre ali um para o outro.

 

Shirleyd, Luzia Santiago e Shirleya | Foto: Arquivo pessoal

 

Em minha família muitos são os professores: meu pai, tios, tias avó… E aí não tem como não se contagiar com tantos exemplos. A escolha foi seguir essa vocação. Fiz magistério e me encantei com o educar e construir junto com outros um conhecimento… Mal sabia que seria um belo conhecer-se e conhecer o outro na bela missão de educar.

Aos 13 anos fiz meu primeiro retiro de carnaval, na escola onde eu estudava. Posteriormente, fui a um retiro fechado, ministrado pelo grupo de oração da minha paróquia, e lá tive meu “encontro” pessoal com Jesus! A partir desse momento, sempre fiquei perto de Jesus.

Quando conheci a Canção Nova (o primeiro contato foi com fitas K7, pregação do monsenhor Jonas Abib) eu já frequentava grupo de oração e ajudava na acolhida de minha paróquia. Era feliz mas sempre achava que faltava algo. Um senhor, o Chefe Valter (pois era escoteiro, e o chamávamos carinhosamente de Chefinho), era o precursor da Renovação Carismática Católica em meu estado e convidou meu grupo de oração para ajudar no 1º “Dai-me Almas” (o projeto “Dai-me Almas” é o meio e a sustentação da missão do Sistema Canção Nova de Comunicação, que é de salvar almas) que teria como objetivo difundir a Canção Nova em meu estado, conseguir sócios e pagar as parcelas da geradora comprada em Aracaju para a Canção Nova.

Eu e mais algumas pessoas fomos ajudar nesse encontro. Milhares de pessoas vieram para participar desse evento. Recordo que muitos participantes não conseguiram entrar no espaço e ficaram do lado de fora. Os missionários da Canção Nova e o monsenhor Jonas Abib se revezavam em atender os dois públicos que se formaram dentro e fora do lugar. Aquela atitude de amor, de entrega, de fazer o bem, do serviço ao outro em nome de Jesus, enchia o meu coração e eu dizia para mim mesma: “isso é impressionante… Tanta entrega a pessoas que nunca viram!”

 

Mons. Jonas Abib e Shirleya Nunes | Foto: Arquivos cancaonova.com

 

Após o encontro, conheci o ainda pe. Jonas Abib. Tinha 17 anos e ele olhou bem nos meus olhos, segurou minhas mãos e disse: “E você, quando vem para Canção Nova? Pois você é Canção Nova!” Fiquei em silêncio com um sorriso nervoso e, por dentro, milhões de sentimentos que se encontravam… Não consegui responder. Ele me abraçou e disse: “Vamos dar tempo ao tempo”.

Em 1997 estava eu, encantada com a Canção Nova e com aquelas pessoas… Aproximei-me da casa de Evangelização da Comunidade Canção Nova, convivia com os missionários, ajudava nos encontros, participava de formações, de cursos, etc. A vida fraterna, o uso dos dons do Espírito Santo, o cuidado e amor ao povo de Deus… Tudo vinha calar a minha inquietação interior.

Percorri, como toda jovem que quer uma resposta de Deus, um caminho vocacional, com seus desafios, entregas, medos, alegrias, descobertas… Fui correspondendo a cada encontro, a cada chamado.

No dia 10 de janeiro de 2000 cheguei à casa do noviciado (nome dado ao período de preparação para ser membro da Comunidade Canção Nova. Hoje, chama-se discipulado) em Queluz/SP, a casa de Maria!

E aqui estou há 18 anos, encontrando comigo mesma e com Jesus. Descobrindo, a cada dia, o novo e a alegria do serviço a Jesus, que se renova a todo momento. Vencendo desafios, crescendo, buscando ser melhor… Sou feliz com a minha vocação e com o meu serviço aos meus irmãos e ao povo de Deus.

Continuo com alegria e perseverança, na busca de fazer o bem!

 

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