Nos 40 anos da Canção Nova, entenda a escolha da Eugênia Fraante

 

“Vinde e vede”! (João 1,39) | Foto: Adilson Medeiros

 

Sou Eugênia Fraante nasci na cidade de Umbuzeiro, Paraíba, conterrânea do ex-presidente Epitácio Pessoa (1919), Assis Chateaubriand (dono do Diários Associados), porém vivi em Pernambuco, lar também de Dom Manoel dos Reis de Farias (2011-2017) e Dom Otávio Barbosa Aguiar (1955-1978), ingressei na Comunidade Canção Nova em 03 de janeiro de 2003.

Lembro-me que quando menina, ficava quase o dia todo na casa da minha vovó Delmira Eulina, que tinha as paredes cobertas de quadros de Santos, os quais, eu os ornamentavam com flores. Por essa razão, ela falava que quando crescesse cuidaria da casa de Deus.

Inicie os encontros de catequese, crisma, acompanhei a Renovação Carismática Católica – através de Josiane Aguiar, Malva e Mário – nesta dinâmica recebi formação sobre a ação do Espírito Santo na Igreja. Em seguida, contribui como intercessora, catequista, serviços sociais à comunidade de Matinadas em Orobó, por conseguinte, envolvi-me com a Canção Nova, em Gravatá,PE. Nesta ocasião, conheci pessoalmente o padre Jonas Abib. E foi assim que, a profecia da vovó eventualmente se cumpriu.

Além desse encontro com o fundador da Comunidade Canção Nova em que sua pregação ardia meu coração, por certo, transformou alguns sonhos. A partir dessa ação, os meus livros prediletos eram a Bíblia e as obras: História de Uma Alma, de Santa Teresinha e Reinflama o Carisma, de autoria do Mons. Jonas Abib.

 

Mons. Jonas Abib e Eugênia Fraante | Foto: Arquivo pessoal

 

A paz inquieta da palavra de Deus questionava-me incessantemente “a quem irei, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6,68), a partir desta palavra escrevi uma carta para a equipe do vocacional da comunidade Canção Nova para ingressar na missão. E depois de anos, fui convidada a ser membro.

Neste momento decisivo, meus pais, José Arlindo e Helena Salviano me acompanharam até a rodoviária para embarcar rumo ao Vale do Paraíba,SP, onde está localizado a sede da Canção Nova. Antes de subir no ônibus, nos abraçamos, choramos e por fim, tornamos direções diferentes. A partir desta decisão, entendi que: “o missionário é convidado a crer na potência transformadora do Evangelho e a anunciar a conversão ao amor e à misericórdia de Deus, a experiência de uma libertação integral até à raiz de todo o mal, o pecado” (Carta Encíclica de João Paulo II: A Validade Permanente do Mandato Missionário).

E depois de percorrer mais de 2.409,2 km – 34 horas de viagem do Nordeste ao Sudeste -, finalmente cheguei ao meu destino; Canção Nova, no dia 3 de janeiro de 2003, na casa de Nazaré, onde moraria com 60 pessoas no espaço de 1.077 m². De oito irmãos, ganhei muito mais irmãos. Nesta hora, se cumprira uma das promessas de Cristo: “com toda a certeza vos asseguro que ninguém há que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou bens, por causa de mim e do Evangelho, que não receba, já no presente, cem vezes mais, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e propriedades, e com eles perseguições; mas no mundo futuro, a vida eterna”(Marcos 10, 29-31).

Nos primeiros ano de missionariedade cristã fui designada para atuar no Canção Nova Notícias e depois no Instituto Canção Nova de Educação.

Neste caminho de discipulado, enfrentei situações difíceis que por ventura me paralisaram e esfriaram a atividade apostólica, uma vez que a ordem é “sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo” (Mateus 5, 48). Apesar dos meus limites e defeitos, busco viver o ser missionário com simplicidade, alegria, despojamento, sabedoria, austeridade e testemunho com a vida e assim cumpro o pedido de Deus “anunciai o Evangelho” (Marcos 16, 15). Além do mais é um pedido do fundador “Ou Santo ou Nada!” (Nossos Documentos, pág. 115).

Em 2003 ano que cheguei à Canção Nova, ela tinha 25 anos, olhando para a história pude contemplar bençãos inclusive pessoas que melhoraram suas vidas; a inauguração do Centro de Evangelização Dom João Hipólito Moraes (2004); a ampliação do Instituto Canção Nova (2004); o momento que o Padre Jonas Abib recebeu o título de “Monsenhor” (2007); Reconhecimento Definitivo do Vaticano (2008); Canção Nova admitida na família salesiana (2009); Primeira Missa da Dedicação do Santuário Pai das Misericórdias (2014); Missa de abertura da Porta Santa no Santuário Pai das Misericórdias (2015); Celebração dos 80 anos do Monsenhor Jonas Abib (2016). E este ano para festejar com chave de ouro os 40 anos da Canção Nova, me casei, sobretudo para Evangelizar formando homens novos para o Mundo Novo.

 

Meu casamento foi uma das bênçãos de Deus neste 40 anos Canção Nova | Foto: Rener Oliveira

 

Enfim, sou marcada pelo sinal da escolha; especial pertença de Deus; permaneço a Comunidade Católica Canção Nova, na cidade de Cachoeira Paulista, em São Paulo e atuo na unidade de ensino Instituto Canção Nova, desde 2004.

 

 

Com certeza, Jesus Cristo bate à porta obstinadamente de coração generoso como seu e insiste acima de tudo “Vinde e vede”! (João 1,39). Ouça este convite e responda corajosamente ao chamado Deus.

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Kelly kruschewsky

 

Com carinho,