Propor esse tema no site de nossa escola me faz recordar das perguntas que surgem na reunião de pais ou atendimentos individuais: Professora, como posso motivar meu filho para ler? O que faço para que meu filho se interesse pelo estudo? A intenção da pergunta revela dois sentidos, de um lado a queixa do pai sobre seu filho, revelando que em sua época não precisava de motivação para estudar e, do outro lado, uma queixa sobre a escola que precisa se renovar e procurar estratégias mais motivadoras.
O primeiro sentido diz do “choque das gerações”, e é inevitável comparações entre as gerações, mas isso é matéria de um próximo artigo, aguardemos! O segundo diz da escola, de como podemos nos organizar, planejar e reinventar metodologias para atrair os alunos para os estudos e consequentemente para a importância da aprendizagem.
Neste momento, é preciso entender o que é motivação. Motivação é um motivo para ação, ou seja, é um estado interno que estimula a pessoa a envolver-se e participar de determinados assuntos, trabalhos, comportamentos ou estudos. Motivar é algo íntimo e pessoal e por essa razão afirmamos que ninguém motiva ninguém.
Quando os alunos percebem o sentido ou a utilidade do que devem aprender seu interesse aumenta e isso contribui não apenas para uma maior assimilação dos conceitos, mas também, para um maior bem estar pessoal. Pois bem, isso é impossível acontecer sem que o aluno decida-se por fazer. Ora, então como é que a escola pode motivar meu filho para aprender? O erro está em pensar que alguém, um ambiente, um conselho ou uma imposição pode fazer com que o aluno se mova ou se decida pela ação do estudo ou a dedicação na aprendizagem.
Brincar, divertir-se, recrear com atividades desafiadoras e significativas, podem ajudar na motivação, principalmente no ensino infantil que tem a necessidade de uma linguagem mais lúdica. Já no ensino para crianças maiores, adolescentes e jovens, é necessário compreender que a mobilização para o estudo não depende apenas das emoções, ou seja, a alegria ou a satisfação, por si mesma, não farão com que os alunos compreendam, por exemplo, as regras de Trigonometria ou as Leis da Física.
Talvez, as metodologias de ensino que proporciona ao aluno o protagonismo no processo de aprendizado ou propostas de atividades com resolução de problemas, estudo de caso, projetos, trabalhos em grupo, tarefas diárias ou seminários, podem ajudar no interesse pelos conteúdos e na mobilização para os estudos.
Agora, é preciso testar e fazer a experiência!