Por Maria Josiane
“Não fostes vós que me escolheste, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto e o vosso fruto permaneça” (João 15,16).
Diante do convite para escrever sobre minha vocação para a Comunidade Canção Nova, fiquei pensando no que poderia falar, pois são muitas as maravilhas que Deus já realizou na minha vida.
Eu sou natural de Cachoeirinha, Pernambuco. Mas, antes de ingressar na comunidade, morei na zona rural de São Caetano, uma cidade localizada no mesmo estado, com meus pais, João Batista e Maria, e meu irmão Joseilson.
Conheci a Comunidade em 2003, pela TV Canção Nova, durante uma pregação do Padre Jonas Abib em um retiro de carnaval. A partir dali, minha história começou a tomar outros rumos, pois minha vida estava sem sentido, sem alegria e motivação. Todos os dias eu assistia à programação da TV Canção Nova e a alegria e brilho daqueles jovens que apresentavam os programas me encantava. Pensava que eles trabalhavam apenas na televisão. Até então não imaginava o que era morar em uma comunidade. Certo dia, minha mãe me disse: “Filha, por que não se torna sócia do Clube Evangelização da Canção Nova?”. Respondi para ela: “Minha mãe, não tenho nem emprego ainda… Como poderei ajudar a Canção Nova todo mês?”. Contudo, depois disso, mudei de ideia e me associei.
Quando chegou a primeira revista da Canção Nova, na última página havia um convite discreto. Constava uma foto da Luzia Santiago, onde estava escrito: “Você gostaria de fazer parte dessa companhia de pesca na formação de homens novos para um mundo novo?” Quando li essas palavras senti meu coração arder. Pensei comigo mesma: “Estou ficando louca”. Até ali não tinha dimensão da minha vocação, mas pouco a pouco Deus foi me revelando a riqueza do meu chamado.
Em 2005 tomei a decisão de escrever para a equipe vocacional de Cachoeira Paulista, São Paulo, e passei a me corresponder com eles por meio de cartas. Em 2006 comecei o caminho vocacional com a comunidade na Casa de Missão de Gravatá, em Pernambuco. Todo o período de discernimento vocacional foi percorrido lá, até ingressar na comunidade. Foi um tempo de muita luta, crescimento pessoal e amadurecimento na fé. Período em que Deus, nas situações da minha vida, foi me formando uma mulher nova.
Muitas vezes, na minha história, duvidei do amor de Deus e de sua presença. Mas hoje, com alegria no coração, posso testemunhar que Deus está comigo, que me ama e me ensina sempre o melhor caminho a seguir. Vale a pena trilhar esse caminho de conversão e de formação. É um caminho de conhecimento pelo qual fui conduzida a descobrir verdadeiramente quem eu sou, filha de Deus.
Hoje posso dizer como o salmista: “Vós me ensinais vosso caminho para vida, junto de vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria a vosso lado” (Salmos, 15, 11). Todos os dias, peço a Deus a graça de perseverar e viver essa caminhada de conversão, até a segunda vinda de Cristo.
Agora me direciono a você, como a Luzia fez naquele simples folhetinho da revista: você gostaria de fazer parte desta companhia de pesca, na formação de homens novos para um mundo novo? Entre em contato com a equipe vocacional.
Não tenha medo de dizer sim a Deus. Teremos desafios e lutas, mas quando deixamos verdadeiramente o Senhor nos formar e nos educar, tocamos na sua promessa: “É feliz quem a Deus se confia”!
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