A cerâmica é uma das principais fontes de renda dos povos indígenas Kadiwéu, que estão concentrados na Serra da Bodoquena, em Miranda, onde começa o Pantanal Mato-Grossense.
Destaca-se dois estilos diferentes na cerâmica Kadiwéu: os padrões geométricos, abstratos, usados principalmente na pintura decorativa e o estilo figurativo, na qual geralmente há intenção de retratar algum acontecimento importante para a tribo.
Na decoração das peças, os artesões indígenas usam o urucum para obter a cor vermelha e o jenipapo para produzir a tinta preta, sendo os mesmos produtos usados também para realizar a pintura corporal.
Para ressaltar o valor da arte indígena no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, instigando o conhecimento de diversas manifestações culturais expressas artisticamente, foi proposto aos alunos dos 8ºs anos do ensino fundamental do Instituto Canção Nova que fizessem uma pintura decorativa, utilizando os padrões geométricos e abstratos nos vasos de cerâmica.
“Aprender sobre a arte indígena e pintar as cerâmicas com formas geométricas e abstratas, me ajudou a compreender melhor o conteúdo trabalhado em sala”, contou o estudante João Francisco, 8º ano B.
A produção artística dentro da sala de aula ajuda o aluno a compreender melhor sobre as expressões das manifestações culturais das tribos indígenas e as suas funções, além de levar o aluno a perceber a identidade indígena como parte integrante e formadora do povo brasileiro.
Os educandos vivenciaram uma experiência enriquecedora da arte cultural indígena relacionado aos elementos da linguagem visual.
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